Os investimentos de renda fixa, historicamente, são uma paixão dos brasileiros. Dentro desse segmento, os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) são alternativas em plena expansão no país.
O FIDC pode ajudar tanto investidores em suas estratégias de diversificação quanto os estabelecimentos ou empresas. Isso porque eles têm em suas carteiras títulos de crédito de contas a receber de empresas – duplicatas, cheques, cartões de crédito, aluguéis etc.
Pela regra, um FIDC deve ter, no mínimo, 50% do patrimônio líquido aplicado em direitos creditórios.
Se antes se restringiam a grandes empresas, hoje os FDICs são instrumentos usados por companhias de diversos portes e setores, incluindo diversas fintechs no mercado nacional.
Para você ter uma dimensão desse mercado, atualmente, são 2.331 FIDCs no mercado e mais de 4.317 séries. O Patrimônio Líquido total desse investimento chega na casa dos R$ 375,6 bilhões.
Uma questão importante é que no regulamento de cada FIDC tem informações sobre a política de investimento do fundo, as regras de aplicação e resgate, políticas de privacidade, tipos de créditos comprados, os riscos envolvidos e a diversificação da carteira.
O que muda com a Resolução CVM 175 a partir de outubro?
Pela regulamentação atual, a compra de FIDCs é restrita aos investidores qualificados, aqueles que possuem pelo menos R$ 1 milhão em aplicações financeiras. Para o varejo, a única possibilidade de acesso aos FIDCs é por meio de fundos (Instrução 555) que compram FIDCs, se contarem nos seus portfólios com, no máximo, 20% em exposição nesse tipo de ativo.
Mas isso mudará com a Resolução CVM 175, Novo Marco Regulatório dos FIDCs, que entrará em vigor no dia 2 de outubro. Uma das novidades será o acesso direto de investidores em geral aos FIDCs.
Ou seja, o publico, em geral poderá investir diretamente em FIDCs, quando for por meio de cotas seniores avaliadas por agências classificadoras de risco.
Com essa mudança de cenário, nossos experts prepararam um pequeno guia sobre a categoria. Confira abaixo:
Fique por dentro dos tipos de cotas:
- Cotas Seniores: Têm preferência no recebimento de resgates ou amortizações. Oferecem uma rentabilidade prefixada e, se o fundo tiver um desempenho inferior ao previsto, os cotistas terão seus retornos assegurados e os cotistas mezanino e subordinados tendem a receber menos.
- Cotas Mezanino: Possuem nível intermediário de risco, pois os cotistas contam com prioridade de pagamentos em relação aos subordinados
- Cotas subordinadas: Elas têm direito de resgates ou amortizações subordinado às cotas mezanino e sênior, ou seja, assumem a maior parcela de risco de inadimplência. Porém, se o fundo apresentar uma performance maior do que a prevista, os subordinados têm um retorno superior do que os cotistas sêniores.
Vantagens e os principais riscos dos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios
Como qualquer investimento, os FIDCs têm vantagens e riscos a serem analisados antes do aporte. Confira essas características dos fundos de direitos creditórios.
- Risco
Mesmo nas cotas seniores do fundo, o FIDC é considerado um investimento mais arrojado. Afinal, o investidor está sujeito a um risco de crédito.
- Rating e fiscalização
Os FIDCs têm o risco classificado por agência de rating, oferecendo maior segurança ao investidor. Além disso, os fundos são controlados por diversas instituições, inferindo maior fiscalização sobre as empresas e os investidores.
- Fundo Garantidor de Crédito
Os FIDCs não são garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), o que pode gerar prejuízos ao investidor em casos de default.
- Baixa liquidez
Esses fundos possuem baixa liquidez. Logo, é mais complicado converter as cotas em dinheiro com rapidez.
Os FIDCs podem ser classificados como de condomínio aberto ou fechado. O primeiro não tem um prazo para resgatar as cotas. Já o segundo é o contrário: tem um prazo determinado previamente para o resgate.
Mesmo nos casos de condomínio aberto, é importante conferir o prazo de resgate, porque a transferência desses recebíveis costuma levar um tempo maior devido à complexidade.
- Alta rentabilidade
Geralmente, os FIDCs possuem uma rentabilidade superior aos títulos públicos, bem como de diversos ativos privados.
No universo de renda fixa, os FIDCs tendem a ter uma capacidade de geração de retorno consistentemente acima da média, mesmo em cenários adversos.
Portanto, o perfil do investidor de FIDCs deve ser de moderado a arrojado, como falamos. Mas, em contrapartida ao risco elevado, esses fundos proporcionam maior possibilidade de ganhos.
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